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Açucar. O vício e o veneno do século XXI.

Açucar. O vício e o veneno do século XXI.

AÇUCAR

O QUE É E COMO ENTROU NA NOSSA ALIMENTAÇÃO?

Antes de percebermos porque é que o açúcar é o “veneno do século XXI” importa saber, afinal o que é o açúcar.

 

Apresenta-se em diversas formas, como por exemplo frutose, lactose, etc, dependendo do composto natural.

 

Nos primórdios da humanidade, o açúcar era apreciado como uma especiaria, era um bem escasso e encontrava-se apenas na fruta, em plantas, no mel e pouco mais. O corpo armazenava-o como glicose. Era uma energia de reserva, utilizada em períodos de carência

alimentar.

 

Muitas alterações ocorreram na nossa sociedade e que fizeram com que o açúcar entrasse

de novas formas na nossa alimentação. Uma delas foi a Revolução Industrial. O consumo de

cereais refinados (compostos por hidratos de carbono simples, ou seja, açucares de absorção rápida) substituíram as farinhas e grãos integrais (ricos em hidratos de carbono complexos, ou

seja, com açúcares de absorção lenta e ricos em fibras, vitaminas e minerais).

 

Outra das grandes alterações surgiu na 2ª metade do séc. XX, quando o açúcar começou a ser introduzido como aditivo pela industria alimentar. A partir daí, o açúcar começou a ser um constituinte da maior parte dos alimentos, seja nos cereais, nos hambúrgueres, no leite, nas gomas e até no pão…

UM VENENO QUE SABE TÃO BEM…

Além de veneno, também é um vício!

O açúcar estimula a produção de dopamina e serotonina, dois neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar e consequentemente faz com que o organismo fique viciado nesse tipo de alimentação. Não nos esqueçamos que eles estão em quase todos os produtos processados e o intuito é mesmo esse… tornarem-se viciantes!

Quando estamos tristes, ansiosos ou a “precisar de um docinho”, o que procuramos na verdade é um aumento de dopamina e serotonina.

Tão ou mais importante é a sua composição. O açúcar é constituído por calorias vazia, isto porque ao ser refinado perde as suas vitaminas e minerais e consequentemente o seu valor nutricional. Servindo para nos adoçar a boca e provocar problemas metabólicos, como a obesidade, hipertensão, colesterol alto, etc…

Quando consumimos açúcar, ele é transformado em glicose. O organismo nem sempre consome toda a quantidade de glicose consumida e armazena-a no fígado em forma de glicogénio, para mais tarde utilizar.

Quando damos ao organismo quantidade de açúcar em excesso com regularidade, as reservas não são gastas e acaba por se transformar em gordura. É este o ciclo que está na origem da síndrome metabólica responsável por diversos problemas como referi anteriormente.

O quadro mais visível é a obesidade.

Descrevemos de forma mais explicita o que acontece no nosso corpo para se ficar obeso.

Sempre que consumimos hidratos de carbono simples, os açúcares são transformados em glicose (como referimos acima) e de forma a impedir que os níveis de açúcar no sangue disparem o pâncreas liberta insulina. Quando a glicose baixa, o pâncreas deixa de produzir insulina e começa a libertar glucagon (a hormona que transforma o glicogénio em glicose). Se comermos alimentos açucarados em excesso e com regularidade o pâncreas está constantemente a produzir insulina e armazenar glicose, o organismo começa a fazer os chamados picos de insulina, que trazem muitos problemas associados, como a resistência à insulina, manifestada através de sonolência, fadiga, inchaço, humor, hipoglicémia e outros. A longo prazo problemas como a diabetes tipo 2, fígado gordo, inflamações, obesidade, etc.

OLÁ SAÚDE! ADEUS VENENO.

A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo diário de açúcar de 25 gramas para as mulheres (equivale a cerca de 4 pacotes de açúcar, ou seja, 1 queque ou um iogurte de fruta açucarado) e 37,5 gramas para os homens (o equivalente a 6 pacotes de açúcar, ou seja um refrigerante).

Não se esqueça que o açúcar pode estar escondido em diversos alimentos e parecer com nomes diferentes como por exemplo maltodextrina, açúcar invertido, xarope de milho, etc…

O mais importante é ler os rótulos e verificar na informação nutricional a sua quantidade na composição dos produtos alimentares.

Se quer agora dizer “Olá” à sua saúde, saiba que o paladar demora cerca de 3 semanas para se habituar a alimentos menos doces. É esse o tempo que as papilas gustativas precisam para se renovar e adaptarem a novos sabores.

O melhor é fazer o desmame aos poucos, ir reduzindo até eliminar completamente. Para ajudar no processo, aumente a ingestão de alimentos amargos ou azedos, como frutas ácidas e verduras cruas.

ESPERA

MAS NÃO HÁ NENHUM AÇÚCAR QUE POSSA CONSUMIR?

Sim, há açúcar menos prejudiciais à saúde. Como por exemplo:

 

Açúcar Mascavado:

tem um sabor forte e aspeto caramelizado devido à cozedura e cristalização do caldo de cana de açúcar. Não é refinado e por isso mantém todos os nutrientes como o cálcio, ferro e sais minerais.

 

Açúcar Orgânico:

para obter a certificação de orgânico não são utilizados pesticidas, fertilizantes, nem outros ingredientes artificiais na plantação. A vantagem deste é para além de promover o solo e manter os seus minerais mais puros.

 E estas opções para além de saudáveis são saborosas e intensificam o sabor dos restantes alimentos:

 

Melaço de Cana:

mais nutritivo do que qualquer açúcar, pois é composto por minerais como o zinco, potássio, ferro, selénio, cálcio e magnésio. Para além disso é um alimento alcalino. Tem um paladar adoçado, mas não tão doce quanto o açúcar. Vá introduzindo aos poucos para as papilas gustativas se irem habituando.

 

Stevia:

é originária da América do Sul e usada pelos indígenas pra dar sabor aos alimentos e como erva medicinal. Baixa em calorias e carboidratos e com poder de adoçar 4 vezes mais que o açúcar branco. Normalmente a forma mais confiável de consumir é o pó verde feito das folhas desidratadas. Também se encontra em pó branco semelhante ao açúcar refinado, mas por vezes tem adição de adoçantes artificiais. Opte pelo verde.

 

Mel cru:

o mel é um alimento natural, usado há milhares de anos na medicina. Tem antioxidantes e ação antibiótica, que promove a saúde do sistema imunológico. O Mel cru contem vitaminas do pólen da abelha e própolis (substância produzida pelas abelhas e formada por ceras e resinas) e é muito mais nutritivo que o comum. Não se recomenda que o aqueça para não perder as propriedades medicinais. Por isso, em receitas que vão ao forno, é melhor optar pelo melaço de cana.

!!! Não te esqueças que há opções mais saudáveis que o açúcar e para uma alimentação saudável e equilibrada, a maior fonte de energia deve ser obtida de alimentos naturais como os legumes, hortaliças, frutas (em moderação). O açúcar deixamos só para ocasiões especiais.

Opte pelo seu equilíbrio físico, mental e emocional e lembre-se… os seus hábitos diários moldam o seu corpo, a sua saúde e a sua vida.

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